quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

Fórum Social Violência Contra Mulheres

Fórum Social Violência Contra Mulheres e Públicos Vulneráveis 

4 dezembro de 2018
 Prevenção, Intervenção, Recursos e Respostas
Num estudo dos 2014 a 2017 realizado pela CIG, Teresa Fragoso, referiu que as participações registadas pelas forças segurança apesar de estáveis continuam “muito elevadas na ordem dos 27 mil por ano e dessas participações, situações de violência doméstica, a maior parte das vitimas que apresenta queixa são mulheres, 79 por cento, e as pessoas denunciadas, contra queixa é feita em 89 por cento são homens”.
“Somos vitimas quando nos queixamos e ninguém nos ouve” afirmou o presidente da Câmara Municipal do Montijo, Nuno Canta acrescentado que “Importa incentivar, localmente, campanhas de sensibilização públicas apoiar as vitimas e seus familiares num local formal, como é exemplo a nossa casa de apoio às vitimas de violência, a única existente no distrito”.

Em debate estiveram temas como violência de género e violência sexual, a violência contra idosos, pessoas com deficiência e a violência na juventude e infância.O evento vai reuniu técnicos e especialistas, de diversas instituições nacionais e locais que têm intervenção na área do combate à violência.

O encerramento do Fórum esteve a cargo de Ricardo Bernardes, vereador do pelouro de Desenvolvimento e Promoção da Saúde da Câmara Municipal do Montijo e de Elza Pais, presidente da Comissão para a Igualdade e Não Discriminação da Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, da Assembleia República.

O vereador considerou  o fórum “profícuo com uma sessão de debate intensa e reconfortante”, agradecendo a todos os oradores, ao público, trabalhadores da autarquia “que trabalharam na promoção e dinamização, trabalho empenhado e dedicado", bem como à rede social que coorganizou com a autarquia o evento.

Ricardo Bernardes, em jeito de balanço referiu “os inúmeros progressos ao nível das mentalidades, mas também ao nível do enquadramento jurídico” e, no quadro das dificuldades, salientou a barreira existente na “prova dos factos”, na “persistência de alguns preconceitos como existe em torno da violência contra homens”, mas também apontou novas obstruções “como é o caso contra o feminismo excessivo, nada mais errado é um preconceito nova geração dissociado da realidade”.

Elza Pais destacou que Montijo está no bom caminho “é um concelho de referência a este nível de intervenção que nos habituou a uma trajetória de boas práticas,sendo um dos primeiros concelhos do pais a aderir ao Plano Municipal para a Igualdade”.

No final, Elza Pais deixou um pacto de esperança “fica o meu compromisso para trabalharmos em conjunto em tudo o que entenderem necessário para continuarmos a colocar a fasquia bem alta de prioridade política a este tipo de crime contra mulheres, crianças e homens vitimas de violência doméstica”.

O Fórum Social terminou da melhor forma com um animado momento musical proporcionado pelo “Quinteto do Improviso” da Universidade Sénior.

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