quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

À  PORTA  DE UM CENTRO DE SAÚDE
Continuam a ser os mais pobres os mais doentes e os mais doentes os mais pobres.

Portugal é um dos países mais desiguais da Europa em termos de rendimento, encontrando-se entre os países com maior desigualdade, próximo de outros países do Sul da Europa, como Espanha, Grécia, Itália, ou Chipre, e países de Leste.

O acentuado corte nas despesas com saúde, que fizeram baixar alguns pontos no ranking da OCDE, tiveram efeito mais acentuado nas despesas com medicamentos e recursos humanos.

Seja qual for a doença, a desigualdade aumentou claramente entre 2005 e 2014, independentemente do sexo e da idade.

Nos idosos, as desigualdades em saúde são ainda mais marcadas: o risco de má saúde é cinco vezes superior nas pessoas sem educação e mais de duas vezes superior nas pessoas com ensino básico. O risco de doença crónica é quatro vezes superior nas pessoas sem educação e o risco de limitações mais de três vezes superior.

Apesar do carácter universal e tendencialmente gratuito do Serviço Nacional de Saúde (SNS), os cuidados de especialidade estão desigualmente distribuídos na população, a favor dos mais educados. Este facto também poderá contribuir para as desigualdades em saúde.

Os programas de rastreio devem ser acessíveis a todos, assim como os cuidados de saúde .

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