quarta-feira, 28 de junho de 2017

UM ARTIGO DE RICARDO BERNARDES

Ricardo Bernardes
Jurista,Presidente concelhio da Juventude Socialista-Montijo








Defender o Estado Social,
governar para toda a população

A defesa do Estado Social constitui um dos principais valores identitários do Partido Socialista, que muito honra os seus militantes, e esteve sempre bem presente na agenda de prioridades do PS, na governação da nossa terra.

E defender o Estado Social é, desde logo, defender a Escola Pública e uma Educação acessível a todos, como garantia do aumento do nível de qualificações da população e instrumento de mobilidade social. É por isso que investimos, ao longo dos últimos anos, na construção e/ou recuperação de infraestruturas escolares do concelho, que apostámos no Ensino
Pré-Escolar – ao ponto de ter hoje uma rede que cobre a generalidade do território do concelho e é uma referência a nível distrital e nacional – ou que muitos dos apoios prestados na área da Educação, ultrapassam o que a Câmara estaria legalmente obrigada a fazer. Mas é por isso também que, com rigor financeiro, e não gastando o que não se tem, nem se pode obter em condições razoáveis, estamos agora em condições de avançar para novos investimentos, designadamente nas Escolas Básicas Luís de Camões e Joaquim de Almeida, ou no chamado «Centro Escolar do Afonsoeiro» –  projeto antigo e largamente conhecido, cuja intenção de candidatura ao «Portugal 2020», tonada pública na reunião do Conselho Municipal de Educação de abril passado, foi agora amplamente anunciada.

Mas defender o Estado Social é ainda defender um Serviço Nacional de Saúde universal, geral e tendencialmente gratuito, conforme prevê a Constituição da República Portuguesa (cf. Artigo 64.º). É por isso que o PS e os seus Executivos sempre lutaram pela manutenção da Urgência Básica no Hospital do Montijo, mesmo quando uma decisão do anterior Governo da coligação PSD-CDS a colocou no “mapa” do encerramento.

Por outro lado, apesar de insistentemente pugnar pela melhoria das condições de prestação de cuidados de saúde no nosso concelho, o Partido Socialista conhece as reais possibilidade de atuação do Município no domínio da saúde (não estando ao seu alcance construir um novo Hospital público ou muito menos aumentar o número de médicos nos Centros de Saúde). Por isso, e porque sabe que este tema é sensível na vida das pessoas, o PS não promete o que não pode cumprir, nem ilude as populações com projetos vagos, que não tenham sido cuidadosamente estudados, designadamente, do ponto de vista da sua exequibilidade financeira. De resto, ainda que valorize muito o trabalho desenvolvido pelas Instituições Particulares de Solidariedade Social em diversas áreas, e que não tenha qualquer preconceito contra o setor privado em geral, o Partido Socialista orgulha-se da institucionalização do Serviço Nacional de Saúde, que ocupando lugar de destaque no património político da sua governação Nacional, é o instrumento fundamental de garantia do direito à proteção da saúde consagrado na Constituição. Por essa razão, não há nenhuma outra solução – mesmo as mais criativas, propostas em período pré-eleitoral –  que, não a de um equipamento hospitalar público, que esteja em condições de assegurar a todas e a todos os montijenses a prestação de cuidados de saúde, de uma forma universal e independentemente da respetiva condição económica.

Finalmente, defender o Estado Social, é respeitar e concretizar alguns dos direitos sociais mais recentes, previstos na Constituição, como sejam o direito à fruição cultural ou os direitos da terceira idade. É a pensar neles
p. ex., que a Câmara Municipal do Montijo, liderada pelo PS, promove diversos programas de envelhecimento ativo (como a Universidade Sénior ou o «Junto de Si»); ou que, no plano da cultura, além de apoiar anualmente dezenas de instituições e coletividades locais, e investir nas Festas Populares, ao longo destes quatro anos, recuperou (p. ex. o Carnaval ou a passagem de ano) ou lançou iniciativas novas (p. ex. a Feira Quinhentista) e dinamizou a programação dos equipamentos culturais do concelho. Além disso, porque acredita que os cidadãos do Montijo merecem este equipamento cultural de excelência, o Executivo Municipal do PS avançou, através de candidatura ao «Portugal 2020», com a obra da Casa da Música Jorge Peixinho, cujo nome homenageia um dos vultos de maior nomeada da História cultural montijense.

Com o aproximar eleições autárquicas deste ano, é possível que muitas forças políticas se desmultipliquem em promessas vagas e de exequibilidade duvidosa, ou que se “agarrem” à maledicência para procurar chamar sobre si a atenção dos eleitores. A estas atitudes o PS responderá com a certeza da obra feita e assumindo os compromissos que pode cumprir, com os recursos financeiros existentes ou com aqueles a que sabe que o Município pode aceder (designadamente, Fundos Europeus) – tendo consciência de que o rigor financeiro é um esteio fundamental da boa governação, e que o despesismo descontrolado só prejudica, a curto prazo, a comunidade.

À intriga, ao boato e à demagogia, o Partido Socialista responderá, pois, pela positiva, com trabalho sério e com os seus projetos para o Montijo, defendendo o Estado Social e governando para toda a população.
As Festas Populares de São Pedro 2017

Seis dias inesquecíveis. As Festas Populares de São Pedro 2017. Tony Carreira e João Pedro Pais serão apenas duas das razões para vir ao Montijo, de 27 de junho a 2 de julho.

Na apresentação do programa das Festas de São Pedro, que teve lugar no dia 21 de junho, no Jardim da Casa Mora, o presidente da Câmara Municipal do Montijo, Nuno Canta, referiu que “as festas são um resultado coletivo de toda a comunidade montijense, das associações, das coletividades, das nossas tertúlias, dos (as) voluntários (as), dos elementos da comissão de festas, das instituições económicas, da União de Freguesias do Montijo e Afonsoeiro, entre outros”.

“Este ano, as festas têm uma programação que reflete os grandes valores da cidade: a diversidade e a abertura. São estes valores que vamos celebrar”, afirmou o autarca.

O presidente da Comissão de Festas, José Manuel Santos afirmou que este ano o arraial tem seis mil metros, 40 mil pontos de iluminação. Vão ser 148 eventos e 4828 participantes, que vão atuar durante os seis dias de festa”.
As festas arrancaram a 27 de junho, às 19h00, com a abertura oficial junto ao edifício dos Paços do Concelho, onde se fez ouvir o hino das Festas Populares de São Pedro. Neste primeiro dia de programa, destaque para o concerto de João Pedro Pais, no palco da Praça da República, às 22h30.

a abertura oficial
No dia 28 de junho, às 22h00 na Praça da República, a noite é da Popular FM com a atuação de vários artistas convidados.

Dia de São Pedro, quinta-feira, dia 29 de Junho, às 7h00, a Procissão Fluvial sai do Cais das Faluas. A Procissão Noturna em Honra de São Pedro está marcada para as 22h00 e é um dos momentos altos da nossa festa, com cerca de 26 andores presentes.

Como habitualmente, no dia de São Marçal, 30 de junho, volta a cumprir-se a Arrematação das Bandeiras e Imagens e o Tradicional Almoço da Classe Piscatória. À noite as Marchas Populares desfilam na Avenida dos Pescadores e na Praça da República.

Às 00h00 é a hora da ansiada Grande Noite de Comes e Bebes e do Pescador com “O Grande Churrasco” e massa de peixe, junto à SCUPA, com o apoio da Raporal/STEC no Bairro dos Pescadores e na Praça Gomes Freire de Andrade.

No dia 1 de julho, sábado, uma novidade: às 13h00, na Rua Humberto de Sousa, realiza-se o primeiro Almoço do Grupo de Amigos do Bairros dos Pescadores. Um dia de festas que termina com “O Grande Churrasco”, às 00h30, na Rua Joaquim de Almeida, e o Bibe Elétrico, a partir da 01h00, com saída do Largo da Sibéria.

No domingo, dia 2 de julho, é o I Encontro de Charangas Festas Populares de São Pedro e o almoço “Pé na Areia” entre tertúlias, moradores e amigos, na Rua Joaquim d’Almeida.

A Rua Joaquim de Almeida e a Praça de Touros Amadeu Augusto dos Santos são o palco principal das tradições tauromáquicas. No dia 1 de julho, às 17h00, sai da Rua Joaquim de Almeida o Cortejo Marialva com campinos trajados a rigor e cabrestos. No dia 2 de julho, a Praça de Touros Amadeu Augusto dos Santos, recebe uma aula Prática de Toureio a Pé, com as escolas taurinas do Montijo, de Badajoz e de Sevilha. Outra importante novidade tauromáquica das Festas de São Pedro 2017 é a realização, pela primeira vez em muitos anos, de duas corridas de toiros: no dia 28 de junho e no dia 1 de julho.

E para acabar… Tony Carreira, no dia 2 de julho, no palco da Frente Ribeirinha, com início às 22h30, num espetáculo ímpar, ao que se segue o tradicional fogo-de-artifício piromusical e a queima do Batel.

A reabilitação e restauro 
da Ermida de Sto. António,
localizada na Quinta do Pátio d’ Água, no Montijo


“Abrimos hoje de novo as portas da Ermida de Sto. António, para que continue a ser um lugar de história e de memória dos montijenses”. Foi com estas palavras do presidente da Câmara Municipal do Montijo, Nuno Canta, que, no dia 24 de junho de 2017, foi inaugurada a reabilitação da Ermida de Sto. António, localizada na Quinta do Pátio d’ Água, no Montijo.

“Ao realizar a obra de recuperação deste imóvel de interesse público, quisemos sublinhar que a fidelidade às nossas raízes e tradições constitui uma condição essencial para a construção do futuro”, afirmou o autarca.

A cerimónia iniciou-se com o descerramento da placa inaugural, a que se seguiu a bênção da Ermida pelo pároco do Montijo, Carlos Rosmaninho.

A Ermida de Sto. António, cujas origens remontam ao século XVI, foi alvo de uma profunda obra de reabilitação e restauro, tanto no seu interior como no exterior. Preparada que foi a base necessária para a colocação de um novo pavimento, foi instalado o pavimento final “Chão Comum”, simultaneamente objeto funcional e obra de arte, da autoria da conceituada artista montijense Fernanda Fragateiro.

A artista esteve presente na inauguração e explicou que a sua intervenção na Ermida teve duas preocupações essenciais: introduzir luz no espaço e dar visibilidade aos vestígios revelados pelos trabalhos de arqueologia, nomeadamente alguns azulejos que recordam os enxaquetados quinhentistas.

A cerimónia terminou com a atuação de um Sexteto de Cordas da Orquestra Metropolitana de Lisboa, no Salão Nobre da Junta de Freguesia da União das Freguesias de Montijo e Afonsoeiro.

Esta intervenção na Ermida de Sto. António representa um investimento total de 189.790,10 euros, com financiamento contratualizado no âmbito do Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano/Programa Operacional de Lisboa 2020 (através do FEDER, correspondendo a 94.895,05 euros, ou seja, 50% do valor total da obra).

Sucedendo à requalificação de meados do séc. XX, então sob projeto do arquiteto Porfírio Pardal Monteiro, a Câmara Municipal do Montijo promoveu esta intervenção assumindo plenamente a obrigação de cuidar o património público concelhio, não se limitando a conservá-lo, antes pugnando pelo seu enriquecimento e valorização.

PEGÕES EM FESTA

PEGÕES  EM  FESTA


De 23 a 26 de junho de 2017 decorreram as festas de Pegões que voltaram a honrar São João Batista com as procissões e, uma vez mais, cumpriu – se a tradição dos arraiais, dos bailaricos das tasquinhas, dos concertos, da música, dos comes e bebes e das largadas de toiros.

No dia da inauguração o presidente da União de Freguesias de Pegões, António Miguéns referiu que “As minhas palavras vão para a comissão de festas, uma magnífica equipa, sei que tem tido um trabalho árduo sempre com o espírito de criarem umas festas que nos orgulhe. Agradeço também a todos os empresários que nos apoiaram, assim como à Câmara Municipal do Montijo pelo apoio financeiro e logístico”


Nuno Canta, presidente da Câmara Municipal do Montijo, afirmou que Pegões é uma terra de gente calorosa e acolhedora que vive intensamente as suas tradições, a sua cultura e a sua identidade”.

“As festas de Pegões têm este ano um programa muito variado que estimula o convívio, a partilha, o encontro das pessoas e reforça a identidade desta terra” disse o presidente.

A Festa terminou no dia 26 de Junho com Emanuel seguindo-se o fogo-de-artifício.

quarta-feira, 14 de junho de 2017

ALTO ESTANQUEIRO - PAVIMENTAÇÕES 2017

ALTO ESTANQUEIRO - MONTIJO
(União das Freguesias de ATALAIA e ALTO ESTANQUEIRO)

A Câmara Municipal do Montijo está a proceder a obras de repavimentação na Rua 6 de dezembro no Bairro da Boa Esperança no Alto Estanqueiro.







terça-feira, 13 de junho de 2017

CANHA - SANTO ANTÓNIO nas TAIPADAS

Festas em honra de Santo António nas Taipadas 
(Freguesia de CANHA)

Decorrem até 14 de Junho 2017, as Festas de Santo António das Taipadas. O presidente da Câmara Municipal do Montijo, Nuno Canta, acompanhado pelo vice-presidente, Francisco dos Santos, marcaram presença na inauguração das festividades, que contaram também com a presença do presidente da Junta de Freguesia de Canha, Armando Piteira.







Decorrem até 14 de Junho 2017, as Festas de Santo António das Taipadas. O presidente da Câmara Municipal do Montijo, Nuno Canta, acompanhado pelo vice-presidente, Francisco dos Santos, marcaram presença na inauguração das festividades, que contaram também com a presença do presidente da Junta de Freguesia de Canha, Armando Piteira.

sexta-feira, 9 de junho de 2017

SANTO ISIDRO DE PEGÕES - PAVIMENTAÇÕES - PEGÕES VELHOS

SANTO ISIDRO DE PEGÕES
PAVIMENTAÇÕES

A Câmara Municipal do Montijo está a proceder à pavimentação da Rua de Lisboa e da Rua da Bela Vista, em Santo Isidro de Pegões.







A Câmara Municipal do Montijo está a proceder à pavimentação da Rua de Lisboa e da Rua da Bela Vista, em Santo Isidro de Pegões.

Montijo em movimento
A nova entrada nascente
no Bairro de Pegões velhos



CICLOVIA E CIRCULAR EXTERNA EM OBRAS


Ciclovia e a Circular externa

A Câmara Municipal do Montijo encontra-se a repavimentar a ciclovia e a circular externa, criando melhores condições de circulação.




A Câmara Municipal do Montijo encontra-se a repavimentar a ciclovia e a circular externa, criando melhores condições de circulação.

TROÇO DA ESTRADA JUNTO À QUINTA DO SALDANHA,MONTIJO

QUINTA DO SALDANHA, MONTIJO
TROÇO DA ESTRADA

A Câmara Municipal do Montijo está a proceder à instalação de uma guarda de segurança no troço da estrada junto à Quinta do Saldanha, reforçando, assim, a segurança da circulação rodoviária e dos transeuntes.


A autarquia está também a estudar o reperfilamento deste troço junto à Quinta do Saldanha.


quinta-feira, 8 de junho de 2017

ERMIDA DE SANTO ANTÓNIO, EM MONTIJO

ERMIDA DE SANTO ANTÓNIO, 
MONTIJO
na 
QUINTA DO PÁTEO D'ÁGUA

Já da segunda metade do século XX é o revestimento da Capela de Santo António, na Quinta do Pátio d’Água. Esta denuncia a evolução para a azulejaria rococó, conjugando as cercaduras policromas com a figuração de episódios da vida do santo titular, ainda a azul e branco.
Se no período barroco a azulejaria encontrou nos interiores dos templos a sua principal vocação, a verdade é que os painéis cerâmicos exteriores, com a representação de santos, visando a proteção de uma determinada casa ou igreja, prolongaram uma tendência já anteriormente observada, e que se viria a intensificar nas centúrias seguintes.
Os denominados registos, que se multiplicaram depois do Terramoto de 1755 e que procuravam invocar a proteção do santo representado, encerram uma dimensão sociológica de grande interesse, encontrando-se três exemplos setecentistas em Aldeia Galega. Quinta do Pátio d’Água Painel representando um milagre, na galilé da Capela de Santo António Freguesia do Montijo O mais antigo representa Nossa Senhora a oferecer o rosário a São Domingos de Gusmão, e foi aplicado na fachada do edifício n.º 51-53 da Avenida João de Deus, antiga Rua Nova. O segundo encontra-se na fachada da Capela do Senhor dos Aflitos e representa Nossa Senhora das Dores. Reza a tradição que se destinava às mulheres grávidas que ali se deslocavam em busca de proteção para um bom parto. O último invoca Nossa Senhora da Atalaia e está aplicado no Moinho de Esteval.
Vejamos,com o devido crédito e vénia, o que nos diz Francisco Correia, insígne Historiador , sobre " A Capela de Santo António":

" As primeiras referências históricas à antiga Ermida de Santo António remontam ao ano de 1564, data das visitações feitas pela Ordem de S. Tiago à então vila de Aldeia Galega do Ribatejo, e existentes no Arquivo Nacional da Torre do Tombo. Nestas visitações faz-se menção de que esta mesma ermida pertencia à quinta de Duarte Rodrigues Pimentel.

Numa lápide setecentista, existente à entrada da mesma, é-nos dada informação de quem a construiu: “Esta Igreja mandou edificar Duarte Roiz Pimentel fidalgo da Caza de el Rey D. João o 3º…”.

E era, certamente, já habitada, em 1553, por D. Duarte Rodrigues Pimentel, uma vez que esse é o ano do nascimento de um seu filho, mais tarde conhecido por Fr. João da Madre de Deus – figura a merecer estudo mais aprofundado e um dos poucos montijenses a ser mencionado nas mais famosas bibliografias nacionais, a “Bibliotheca Lusitana”, de Diogo Barbosa Machado e o “Diccionário Bibliographico”, de Inocêncio Francisco da Silva, em razão das suas 3 obras publicadas, ainda em vida.

Mas voltemos à Quinta de S. António e à sua Ermida….

Naquela que é uma das primeiras descrições sobre a antiga Aldeia Galega, o Padre António Carvalho da Costa refere-se, no ano de 1712, e depois de falar na vila, à ermida e quinta de S. António. A ermida, nas suas palavras, encontrava-se já nos arrabaldes da vila, para os lados do Poente. Escreve, sobre a quinta de S. António: “A Quinta de Francisco de Novaes Casado, que tem boas casas, laranjal da China, & outras frutas, com muyta fazenda livre, marinhas, bons pinhais, & hum bom moinho de seis engenhos.” (Corografia Portugueza e Descripçam Topográfica do Famozo Reyno de Portugal…”, tomo III, Lisboa, Officina Real Deslandesiana, 1712, cap. VII, p.325).

A consulta de uma das mais importantes fontes documentais para a nossa História local, as chamadas “Memórias Paroquiais” de 1758, não nos diz muito mais. Na inexistência das habituais respostas dos párocos das paróquias deste concelho, na altura, a do Divino Espirito Santo de Aldeia Galega e a de Sarilhos Grandes, ficamos sem saber das consequências do terramoto de 1755, nesta vila, e concretamente na Igreja de S. António. A já referida inscrição setecentista, existente à entrada da Capela, não nos permite deduzir qualquer dano provocado pelo terramoto, apenas que teve obras no ano de 1789.

Na falta de outros documentos escritos, recorremos à tradição oral e nela consta um milagre associado à ermida de S. António e ao terramoto de 1755. Do que se passou no dia 1 de Novembro de 1755, nesta antiga vila de Aldeia Galega, conta-se assim: nesse dia, a população, apavorada com o terramoto, pediu à Misericórdia para organizar uma procissão; ela veio a realizar-se e quando a imagem do Senhor Jesus da Misericórdia passava junto à Ermida de S. António, as águas, que até então alagavam tudo ao redor, começaram a recuar e a procissão pôde avançar até ao Recolhimento de Nossa Senhora da Conceição (ao fundo da Av. dos Pescadores e hoje inexistente).

A partir de então, e em memória destes acontecimentos, a Mesa da Misericórdia determinou que se organizasse, todos os anos e nesse mesmo dia, uma procissão de acção de graças, entre a Igreja da Misericórdia e o antigo Recolhimento de Nossa Senhora da Conceição, com passagem pela ermida de S. António. Sabemos, pela consulta das actas da Mesa da Misericórdia (existentes no Arquivo Municipal do Montijo), que a procissão continuou a fazer-se até 1908, data em que foi eleita a primeira Mesa da Misericórdia republicana de Aldeia Galega, que acabou com esta prática secular – ainda que por pouco tempo, esta procissão foi retomada, no ano de 1953, pelo Padre Gomes Pólvora, depois de concluídas as obras, de meados do século passado, num projecto do grande arquitecto Porfírio Pardal Monteiro, datado de 1919, e que nos deu a configuração actual do conjunto habitacional e capela.

Era proprietário o comandante António Santos Fernandes, e, nessa qualidade, foi o autor dos pedidos de licenciamento enviados à Câmara Municipal do Montijo para as obras do conjunto habitacional, no ano de 1944 e, em 1947, para a obra de remodelação da ermida (Arquivo Municipal do Montijo/Câmara Municipal, Processos de Obras Particulares, A/023/1944 e A/016/1947).

70 anos depois deste licenciamento, a capela de S. António é alvo de novas obras de remodelação – o restauro dos vitrais de Ricardo Leone e dos azulejos do século XVIII são algumas delas. Estou particularmente curioso com o trabalho que nos irá apresentar a artista plástica montijense, Fernanda Fragateiro – o património, esse, estou certo, e tratando-se de um imóvel classificado de Interesse Público, desde 19/2/2002, será bem acautelado e já foi, certamente, alvo de licença prévia da Direcção-Geral do Património Cultural.

Antes ainda, refira-se que todo este conjunto habitacional, hoje conhecido por Quinta do Pátio de Água e onde, actualmente, está instalada a União de Freguesias de Montijo e Afonsoeiro, teve importantes obras de recuperação, tendo sido a inauguração das mesmas incluída no programa das comemorações do Dia da Cidade de 2009, logo depois de um outro momento alto proporcionado pelo ilustríssimo historiador Joaquim Veríssimo Serrão, com uma conferência sobre “A Cidade do Montijo na História de Portugal”. "



As obras na Capela de S. António (inauguração em 2017) seguem o mesmo lema ; A sua inauguração é, também, um pretexto para o aprofundamento e a divulgação da nossa História Local.





RESPONSÁVEL,COM A SUA EQUIPA ALARGADA,PELO PROJETO DE REABILITAÇÃO

FERNANDA FRAGATEIRO (Montijo, 1962) vive e trabalha em Lisboa.

Com uma obra multifacetada, Fernanda Fragateiro explora o espaço nos seus diversos significados e manifestações fenomenológicas, sejam arquitectónicas, escultóricas, privadas e públicas, temporais e sociais. O seu trabalho altera e reconfigura o espaço através de objectos e intervenções urbanas e na paisagem, alterando a sua percepção e significado.Variando na escala e nos suportes utilizados, o trabalho da artista mantém um estilo marcadamente definido, nascido de uma estética minimalista da forma, cor e textura.

O trabalho de Fernanda Fragateiro foi exposto na Dublin Contemporary (2011), Irlanda, na Trienal de Arquitectura de Lisboa (2010), bem como em instituições públicas e museus, tais como a Fundação Marcelino Botín, Santader, Espanha (2009); IVAM, Valência, Espanha (2008); Centro Cultural de Belém, Lisboa (2006); Fundação de Serralves, Porto (2005); Fundacão ‘La Caixa’, Caixa Forum, Barcelona, Espanha (2004); Culturgest, Lisboa (2003. Depois de Conteúdo Desconhecido, em 2009, (Cortar) Texto Sem Palavras é a segunda exposição individual da artista na Baginski, Galeria / Projectos.
O trabalho de Fernanda Fragateiro encontra-se representado em diversas coleções Públicas e Privadas, destacando-se  Ella Fontanals Cisneros Collection, Miami, EUA; Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofía, Madrid; Harvard Art Museums, Cambridge, EUA, Fundación Claudia Hakim, Bogotá, Colômbia, Museo Extremeño y Ibero-americano de Arte Contemporáneo.






OS 
MILAGRES
alguns representados em Painéis 
na Capela de Santo António
São muitos os milagres atribuídos a Santo António, ocorridos tanto em vida como após a morte. O Santo nasceu provavelmente no verão de 1195, com o nome de Fernando de Bulhões, perto da Sé de Lisboa, onde ainda criança iniciou a sua instrução. Aos 15 anos, entrou para o Mosteiro de S. Vicente de Fora, de frades agostinhos, e, mais tarde, completou a sua educação em Santa Cruz de Coimbra, também da mesma ordem. Após ter aprendido em Portugal tudo o que era possível saber naquela altura, a sua natureza curiosa e o seu insaciável desejo de aprender levaram o jovem a embarcar para Marrocos, com a intenção de evangelizar os povos, dando-lhes a conhecer a palavra de Deus. No entanto, devido a problemas de saúde, rapidamente, embarcou de regresso a Portugal, onde nunca chegou, pois o barco, em que navegava, foi atingido por uma tempestade e chegou à Sicília, tendo depois rumado para o centro de Itália, onde se encontrava S. Francisco de Assis. Foi companheiro deste e tornou-se franciscano, tomando o nome de António. Começou a manifestar dotes de orador, tendo ficado famoso pela simplicidade e força dos seus sermões. Santo António morreu aos 36 anos e foi canonizado pelo Papa Gregório IX, um ano apenas após a sua morte.

1.Os Pássaros e a Plantação

O pai de Santo António, Martinho de Bulhões, gostava de ir a uma fazenda que possuía nos arredores de Lisboa. Um dia, levou o filho com ele. Ocorre que insaciáveis bandos de pássaros desciam continuamente para bicar os grãos de trigo. Era necessário espantá-los para impedir grave dano à colheita. Martinho encarregou o garoto de manter longe os pequenos ladrões. O pai se foi e Fernando permaneceu correndo de cá para lá no campo. Em pouco tempo , começou a se aborrecer com aquela ocupação. Não muito longe, uma capelinha rústica o convidava à oração. Mas o pai o mandara enxotar os passarinhos. Gritou então aos pássaros, convidando-os a segui-lo para dentro de uma sala da fazenda. Obedientes os pássaros entraram. Quando todos estavam dentro, Fernando fechou as janelas e as portas, e foi tranquilamente fazer sua visita ao Senhor. Retornando o pai veio procurá-lo. Andou pelo campo, chamando-o , mas não o encontrou. Preocupado, dirigiu-se à capela e o descobriu, todo absorto na prece. Fernando tomou o pai pelas mãos e o conduziu ao salão repleto dos vôos e dos cantos dos graciosos prisioneiros. Abriu a porta e, a um sinal seu, os pássaros, em bando, retornaram os livres caminhos do espaço.

2. O Jumento se Curva Diante da Eucaristia

 Durante uma pregação, cujo tema era a Eucaristia, levantou-se um homem dizendo: “Eu acreditarei que Cristo está realmente presente na Hóstia Consagrada quando vir o meu jumento ajoelhar-se diante da custódia com o Santíssimo. Sacramento”. O Santo aceitou o desafio. Deixaram o pobre jumento três dias sem comer. No momento e lugar pré-estabelecido, apresentou-se António com a custódia e o herege com o seu jumento que já não aguentava manter-se em pé devido ao forçado jejum. Mesmo meio-morto de fome, deixou de lado a apetitosa pastagem que lhe era oferecida pelo seu dono, para se ajoelhar diante do Santíssimo Sacramento.

3.Sermão aos Peixes

Santo António foi pregar na cidade de Rímini, onde dominavam os hereges que resolveram não ouvi-lo em hipótese alguma. Frei António subiu ao púlpito e quase todos se retiraram e fugiram. Não esmoreceu e pregou aos que tinham ficado. Inflamado pela inspiração Divina, falou com tal energia que os hereges presentes, reconheceram seus erros e resolveram mudar de vida. Mas o Santo não estava contente com o resultado parcial  Retirou-se para orar em solidão, pedindo ao Altíssimo que toda a cidade se convertesse.

Saindo do retiro, foi direto às praias do Mar Adriático e, em altos brados clamou aos peixes que o ouvissem e celebrassem com louvores ao seu supremo Criador, já que os homens ingratos não queriam fazê-lo. Diante daquela voz imperiosa, apareceram logo os incontáveis habitantes das águas, e se distribuíram ordenadamente, cada qual com os de sua espécie e tamanho. Os peixes ergueram suas cabeças da água e ficaram longo tempo imóveis, a ouvi-lo.

4. O Prato Envenenado

Alguns hereges resolveram matar Santo António, envenenando-o. Convidaram-no para comer com eles, dando como pretexto debater sobre alguns pontos da Fé. Santo António sempre aceitava comparecer a esses debates e polémicas. Os hereges puseram diante dele, entre outros pratos, um que continha veneno mortal. Antes que o tocasse, Deus revelou-lhe a cilada e o Santo, conservando toda a calma, repreendeu os hereges pela traição.

Vendo revelado o intento perverso, os hereges não se abalaram e responderam cinicamente: "É verdade que esse prato tem veneno, mas nós o colocamos aí porque desejamos fazer uma experiência: no Evangelho está escrito que Jesus Cristo disse aos seus discípulos que ainda que tomassem veneno mortal nenhum mal sofreriam e estamos querendo saber se és de fato discípulo de Cristo". Santo António fez o sinal da Cruz sobre aquele prato e o comeu com apetite, saboreando a comida envenenada como se fosse alimento saudável, e nada sofreu, deixando mais uma vez os hereges confusos e assombrados.

5. O Milagre da Bilocação

 No domingo de Páscoa enquanto pregava na Catedral, Santo António lembrou-se de que fora designado para entoar a Alleluia na Missa que se celebrava naquele momento na Igreja do Convento franciscano. Não querendo faltar com a obediência e não podendo descer do púlpito, parou um pouco, calou-se como se estivesse retomando a respiração e, nesse momento, foi milagrosamente visto no Coro de seu convento, entoando a Alleluia. Esse prodigioso milagre de bilocação foi assistido e certificado por muitas testemunhas, espalhando-se a notícia em todos os locais.

6. Controle sobre o Tempo

 Num dia festivo, em Limoges, Santo António pediu licença para pregar numa igreja paroquial. Como era imensa a sua fama,o povo deslocou-se para o local, mas o recinto era pequeno para acolher toda aquela gente e foi obrigado a pregar em praça pública. Mal havia começado o sermão, o céu escureceu  e muitos relâmpagos e trovões anunciavam uma grande tempestade.

O povo, atemorizado, começou a murmurar e já se dispunham a sair dali em busca de abrigo. Mas Santo Antônio pediu silêncio e, em nome de Deus, assegurou que não choveria naquele local, recomendando a todos que ficassem atentos à pregação. Tranqüilizados, os fiéis ouviram o sermão até o fim. Quando se retiravam para suas casas, verificaram com muita admiração, que embora estivesse perfeitamente seco o local da pregação, toda a redondeza estava completamente alagada pela chuva da forte tempestade.

7. Santo António Cura um Louco

No meio de um sermão de Santo António, entrou um louco e, com voz alterada e gestos desordenados, perturbava os ouvintes que não conseguiam prestar atenção nas palavras do pregador. De repente, o louco disse: "Não sossegarei enquanto aquele homem (e apontou para Santo Antônio) não me der o cordão que usa na cintura". O Santo retirou o cordão e com ele envolveu o louco que foi imediatamente curado.
Santo Antonio pregava em Briba, quando uma senhora, apressada para assistir seu sermão, deixou sobre o fogo um caldeirão com água, sem se lembrar  de que seu filho pequeno ficara só em casa.

 8. Menino Salvo pela Fé

Ao chegar da pregação, viu com horror que o menino havia caído dentro do caldeirão e que a água estava fervendo. Bem se pode imaginar os gritos de desespero que deu a pobre mãe! Não ousava aproximar-se, certa de que encontraria a inocente vítima horrivelmente queimada e morta. Mas, cheia de fé em Santo António, invocou-o e quando aproximou-se seu filho estava são e salvo, brincando e pulando na água fervente, sem que esta lhe queimasse.

9.  Criada Caminha sob Forte Chuva sem Molhar as Roupas

 Certo dia, faltando alimentos no convento de Briba, Frei António mandou que fossem pedir a uma senhora devota, dona de uma grande propriedade, a esmola de algumas verduras. Apesar de estar chovendo fortemente, a piedosa senhora ordenou a uma criada que fosse apanhar as verduras na horta distante da casa.

A criada obedeceu contrariada pois chovia muito. Foi quando se deu conta de que, apesar da chuva torrencial que caía, não estava molhando nem os pés, nem as roupas que vestia. Chegou à horta, colheu as verduras, foi entregá-las no convento e retornou à casa completamente seca. Tanto ela, quanto sua senhora, ficaram assombradas diante daquele prodígio e não cessaram de contar a todos, os altos merecimentos do Santo.

10. Santo Antonio Ressuscita um Morto

Vinha Frei Antônio e um companheiro pelo caminho, voltavam de uma aldeia carregando grande peso às costas, quando encontraram um carroceiro que carregava um homem adormecido. O Santo, muito cansado, pediu-lhe por amor de Deus que levasse alguns víveres que ele e seu companheiro haviam recebido de esmola para o sustento da comunidade.

O carroceiro respondeu rudemente que não podia fazê-lo porque estava conduzindo um defunto. O Santo acreditou, rezou pelo descanso eterno da alma do falecido e continuou seu caminho. Qual não foi o espanto do carroceiro quando, mais tarde, foi acordar o amigo que supunha adormecido e o encontrou realmente morto!

Confuso e arrependido, foi em busca de Santo António e prostrou-se aos seus pés, pedindo-lhe humildemente perdão. Frei António se compadeceu do homem, aproximou-se da carroça e depois de uma curta oração, fez o sinal da Cruz sobre o cadáver e o ressuscitou.

11. Salvou um Homem da Morte por Esmagamento

Durante a construção do convento de Leontino, aconteceu o seguinte milagre: Estava sendo transportada uma grande pedra para o portal da igreja em uma carroça. Ao ser retirada, caiu sobre o carroceiro esmagando-o, deixando-o quase morto. Frei António, querendo por humildade ocultar seu dom de fazer milagres, disse aos presentes que invocassem o auxílio de São Francisco. Imediatamente o homem ferido levantou-se perfeitamente são, como se nenhum acidente tivesse ocorrido.

12. A Cura de um Menino Paralítico

Aproximou-se de Santo António uma mulher trazendo nos braços um filho paralítico de nascença e rogava em altos brados que o curasse. O Santo manifestou certo desagrado por aquela forma ruidosa de pedir, mas a mulher continuou a implorar.

Tanto ela pediu e suplicou, que este, afinal, fez sobre o menino paralítico o "sinal da cruz", curando-o imediatamente. Com modéstia, atribuiu o milagre à fé da boa mulher e recomendou-lhe que não contasse o ocorrido à ninguém enquanto ele fosse vivo.

13.  O Menino Jesus Aparece para o Santo

Certa vez, Santo António precisou de alojamento em Pádua e um senhor nobre, da família dos Condes de Camposampiero, teve a honra de o acolher em sua casa. Uma noite, vendo do lado de fora do quarto de Frei António alguns raios de luz, aproximou-se e viu o Santo segurando nos braços um gracioso Menino que suavemente o acariciava.

Ficou cheio de espanto por tão extraordinária maravilha. Compreendeu que se tratava do Menino Jesus que se tornara vísível ao Santo para recompensá-lo com celestes consolações pelas fadigas sofridas. Enquanto ainda observava, o Menino desapareceu. Saindo do extâse, Frei António deixou o quarto e dirigiu-se ao dono da casa, dizendo que sabia que ele o havia observado durante a aparição. Pediu então com insistência que não revelasse o que tinha visto. O senhor cumpriu a palavra, somente revelando o fato depois da morte do Santo. A história o tocara profundamente e todas as vezes que a relatava, não conseguia reter as lágrimas.



14. Reconstituiu um Pé Decepado

 Um jovem chamado Leonardo confessou-se com o Santo e contou-lhe que, levado pela cólera, havia dado um pontapé em sua mãe. Frei António, para fazê-lo compreender a gravidade do pecado que cometera, disse-lhe: "Teu pé bem que merecia ser cortado". Essas palavras impressionaram tão fortemente o jovem, que este,chegando em casa, aterrorizado com o que fizera, cortou fora o pé. Na hora em que caiu ao chão, fez um ruido tão grande que sua mãe correu para ver o que estava acontecendo. Horrorizada com a cena e por saber as razões pelas quais o filho assim procedera, correu em busca de Frei António, que foi apressadamente à casa do rapaz. Comovido pelo estado em que o encontrou, quase à beira da morte pelo sangue perdido, animou-o a ter confiança em Deus. O rapaz e o Santo pegaram o pé cortado, recolocaram-no e imediatamente foi restaurado. Ficou tão perfeito como se nunca houvesse sido cortado, com apenas pequena cicatriz no lugar do golpe para testemunho do grande milagre realizado.

15. Morto Falou em Defesa do Pai de Frei António

 Um rapaz foi assassinado perto da casa de Martinho de Bulhões, pai de Santo António. Os  assassinos levaram o corpo para o quintal de Martinho e ali o enterraram, sem que o proprietário do terreno soubesse. Mais tarde, foi descoberto pela Justiça o corpo na casa do infeliz fidalgo e este foi acusado pelo crime. Diante dos gravíssimos indícios de sua culpa, permaneceu quinze meses preso e, finalmente, estava sendo julgado e seria com certeza condenado à morte.

Frei António foi misteriosamente avisado do perigo que ameaçava seu pai. Santo António foi imediatamente pedir ao Guardião do convento que o deixasse ausentar-se de Pádua por pouco tempo. Assim que foi autorizado, viu-se transportado num instante à Lisboa, indo direto ao tribunal e, depois de beijar a mão de seu pai em sinal de respeito, tomou a sua defesa. Os juízes ficaram impressionados com o aparecimento daquele inesperado advogado e com a segurança com que ele falava, mas não se convenceram da inocência do réu, tantas eram as provas que tinham de sua culpa.

Faltando testemunhas de defesa, Santo António apelou para o depoimento da vítima. Os assistentes, surpresos com a estranha proposta, começaram a rir. Mas Frei António insistiu e os juízes levados pela curiosidade, consentiram que ele chamasse o morto como testemunha da defesa. Chegados à sepultura do falecido, o Santo ordenou que a abrissem e chamou o frio cadáver em voz alta, ordenando-lhe em nome de Deus que dissesse aos juízes a verdade sobre o seu assassinato.

Imediatamente o morto levantou-se como se estivesse vivo e respondeu com voz sonora que Martinho de Bulhões era inocente e não estava manchado pelo seu sangue. Em seguida, deitou-se na sepultura. Santo António, depois de se despedir do pai, desapareceu. Ficaram os juízes e a assistência assombrados com o milagre que acabavam de presenciar. O nobre Martinho de Bulhões, graças ao seu santo filho, teve sua vida salva. Os verdadeiros culpados foram descobertos.

16. Recupera os Cabelos Arrancados de uma Mulher

Em Arezzo vivia um homem nobre, mas tão colérico que quando se irritava parecia perder o juízo. A esposa, senhora de muito siso e prudência, teve um dia a infelicidade de proferir umas palavras que irritaram o marido a tal ponto que ele se atirou sobre ela espancando-a cruelmente, chegando a lhe arrancar os cabelos.

Com os gritos da infeliz, os vizinhos correram para acudi-la, encontrando-a quase morta na cama. O marido, depois de serenar, envergonhou-se do que tinha feito e lembrando-se da fama de Santo António, foi procurá-lo arrependido, pedindo que o ajudasse.

O piedoso Santo foi logo procurar a senhora, abençoando-a e, fazendo o sinal da Cruz sobre ela, começou a rezar. Pouco a pouco ela foi recuperando o antigo vigor e, milagrosamente, quando se ajoelhou aos pés do Santo, renasceu todo o cabelo.


17. Conserva um Copo Intacto e Faz Nascer Uvas numa Videira sem Frutos

Um soldado espanhol chamado Aleardino, que havia perdido a Fé, chegou à Pádua no dia do enterro de Santo António. Vangloriando-se de sua incredulidade, segurou um grande copo de vidro e disse a muitas pessoas que o censuravam: "Se este copo ficar inteiro depois que eu o atirar àquelas pedras, acreditarei que esse padre faz milagres". E atirou o copo com toda a força, mas ele não se partiu. Renunciou então  seus erros publicamente e quis converter a um amigo também incrédulo. Chegou, pois, ao amigo e lhe contou todo o acontecido, mostrando-lhe o copo objeto do prodígio.

O amigo ouviu-o com risadas e sinais de desprezo e respondeu: "Não acredito no que dizes. O que estás dizendo é tão impossível como aquela videira sem frutos, de repente, ficar carregada de ramos e cachos, e nós, com suas uvas, fazermos vinho para encher teu copo milagroso!" Mal acabara de falar, a videira se encheu prodigiosamente de folhas e belos cachos de saborosas uvas, as quais, espremidas por Aleardino, encheram o copo com seu licor maravilhoso. Esse copo ainda hoje se conserva no relicário da Basílica de Santo António, em Pádua.

18.Anel Desaparecido do Bispo de Córdoba é Reencontrado

Muito devoto de Santo António, o Bispo possuía um anel de estimação. Certo dia notou a falta dele: ou o tinha perdido, ou o tinham furtado. Passou-se muito tempo sem que o anel aparecesse. Um dia, estava o Bispo à mesa com alguns senhores seus parentes, quando casualmente falaram no poder de Santo Antônio para encontrar bens perdidos.

Disse então o Bispo: "Tenho recebido grandes favores do Santo, mas ele ainda não ouviu as súplicas que lhe tenho feito para achar um anel que perdi". Mal tinha acabado de proferir essas palavras quando o anel desaparecido caiu no meio da mesa, à vista de todos, sem que ninguém soubesse explicar de onde veio.

19. Ajuda um Bispo a Recuperar Papéis Perdidos

O Bispo D. Frei Ambrósio Catarino, grande escritor, estava saindo de Tolosa e levava na bagagem muitos papéis e apontamentos particulares e também um livro intitulado "A Glória dos Santos", para discutir com os hereges. Depois de caminhar muitos quilómetros, percebeu que haviam caído pelo caminho três escritos preciosos, frutos de muito trabalho.

Com enorme tristeza, refez o caminho para os encontrar. Procurou-os em vão. Lembrou-se então de Santo António, dirigiu-lhe uma prece fervorosa, prometendo que se encontrasse os papéis, acrescentaria ao livro "A Glória dos Santos" a narração daquela graça de Santo António. Nesse mesmo instante, aproxima-se dele um desconhecido que lhe pergunta se não havia perdido uns papéis e, ante a reposta afirmativa do Bispo, entrega-lhe os papéis tão desejados!

20. O Casamento da Jovem

Conta-se que uma jovem muito linda, mas cansada de esperar por um noivo, já desesperada de encontrar marido, pediu ajuda a Santo António. Adquiriu uma imagem do santo, benzeu-a e todos os dias enfeitava-a com flores que colhia no jardim. Além disso, orava com regularidade para que Santo Antônio lhe arranjasse um noivo. Mas, passou-se muito tempo e o noivo não aparecia.

Certa vez, pôs-se a lamentar a ingratidão do santo, chegando mesmo a ser repreendida pela mãe. E, desapontada, pegou a imagem e, no auge do desespero, atirou-a pela janela afora. Passava na rua, naquele momento, um jovem cavaleiro e a imagem o acertou na cabeça. Apanhou-a intacta e subiu a escada para devolvê-la. Quem o recebeu foi a formosa donzela. O cavaleiro apaixonou-se por ela e algum tempo depois casaram-se, naturalmente por milagre do santo.

quarta-feira, 7 de junho de 2017

CONTRATOS DE SERVIÇO PÚBLICO DE TRANSPORTES

Regime Jurídico de Transportes

concurso para os contratos de serviço público de transportes 
durante o último quadrimestre do ano

Áreas Metropolitanas
 anunciam concursos no 4º trimestre do ano

As Áreas Metropolitanas de Lisboa e Porto preveem lançar o anúncio do concurso para os contratos de serviço público de transportes durante o último quadrimestre do ano. Recorde-se que a legislação atual obriga a que os concursos públicos sejam anunciados um ano antes do seu lançamento. Demétrio Alves, primeiro secretário metropolitano da Área Metropolitana de Lisboa, referiu que «será possível fazer o anúncio quanto aos concursos expectáveis até setembro de 2017». Por seu turno, Avelino Oliveira, secretário metropolitano da Área metropolitana do Porto, disse que «iremos respeitar a legislação, portanto, o 4º trimestre de 2017 será o momento adequado para o fazer. Mas não tenho a certeza que o anúncio seja o mais importante, é apenas um formalismo. O trabalho a sério virá logo a seguir. Se a AMP lançar um conjunto de concursos de transporte público, os respetivos municípios tem que estar bem cientes das regras e dos desafios que se avizinham».


O Regulamento 1370/2007 estipula que até 3 de dezembro de 2019 todas as Autoridades de Transportes - Áreas Metropolitanas, Autarquias e Comunidades Intermunicipais – têm obrigatoriamente de contratualizar os serviços de transporte público.

«A “descentralização” súbita ocorreu sem que se tivessem acautelado as estruturas nem a capacitação técnica para uma transferência sustentada das funções das Autoridades de Transportes. Passou-se de três ou quatro autoridades para trezentas e trinta!»

«Subsiste uma cultura de “capelinha” e de reserva de informação associada a um pretenso “segredo de negócio”. O modelo sem contratualização que dominou os últimos 68 anos criou vícios, obscuridades e desequilíbrios. É isso que se deve progressivamente alterar e seria criminoso falhar mais uma vez.»

«Por isso mesmo, por iniciativa da AML, está já a decorrer um estudo para vir a encontrar um novo sistema tarifário, que abranja todos os operadores, todos os serviços e todo o território da AML e que seja promotor da utilização dos transportes públicos
- afirmou Demétrio Alves,primeiro secretário metropolitano .

ANAU


Associação Náutica Montijense 
Escola de Vela Optimist
ANAU a Rufar



O presidente da Câmara Municipal do Montijo, Nuno Canta, visitou a Associação Náutica Montijense (ANAU) e ficou a conhecer melhor algumas atividades da ANAU, como a Escola de Vela Optimist e o projeto ANAU a Rufar.


ATALAIA - PAVIMENTAÇÕES

na Atalaia
pavimentação 
da 
Avª 28 de Setembro e da Rua do Cruzeiro das Esmolas, na Atalaia

No âmbito da empreitada de pavimentação de arruamentos na União das Freguesias de Atalaia e Alto Estanqueiro-Jardia, a Câmara Municipal do Montijo procedeu à pavimentação da Avª 28 de Setembro e da Rua do Cruzeiro das Esmolas, na Atalaia.